Bondade, o último “grito” da sofisticação

Já parou para pensar que a vida só faz sentido porque temos com quem a partilhar?

Porque temos pessoas ao nosso lado que amamos e com quem queremos celebrar cada conquista, ou chorar cada tropeção? Na vida, o que importa são as pessoas e o significado que damos a cada relação.

Num livro que li há pouco tempo, a autora refletia “de que é que lhe vale pintar o mais belo quadro se ninguém o puder apreciar”? Isto deixou-me a pensar. Somos ensinados a estabelecer objetivos e a correr atrás deles. Mas, pergunto eu, para quê, se as nossas relações não nos acrescentarem algo e fizerem de nós pessoas melhores? Não me interprete mal, eu próprio considero-me um homem bastante ambicioso, que sabe muito bem onde quer chegar, mas tudo isso perde significado se não tiver quem amo ao meu lado. E isso só é possível se alimentar cada relação com o ingrediente secreto. Quer saber qual é? Vá, vou dizer-lhe baixinho...  É a bondade!

Ser-se bondoso significa olhar para o outro com os mesmos olhos com que gostaria que olhassem para si. Significa reconhecer que somos todos feitos da mesma matéria e que, por isso, temos todos o mesmo valor. Que somos seres imperfeitos em busca de significado, de paz e de amor. Que direito temos nós de julgar as ações dos nossos semelhantes quando também eles estão a dar o seu melhor? Sei que este ponto pode causar-lhe algum desconforto, por isso vamos explorá-lo com maior detalhe.

“Quando sabes melhor, fazes melhor” Oprah Winfrey

Se houve algo que a vida me mostrou até este momento é que cada pessoa está permanentemente a dar o melhor de si, tendo em conta o grau de consciência que tem.

“Quando sabes melhor, fazes melhor”, ensina-nos a célebre apresentadora de televisão e empreendedora norte-americana, Oprah Winfrey. Não poderia estar mais de acordo. Já parou para pensar que também você dá o melhor de si diariamente? Isso não significa que não cometa erros ou que não tenha pontos de melhoria. Claro que tem! Todos nós temos. Quando nos apercebemos deles, isto é, adquirimos um grau de consciência acrescido, conseguimos fazer melhor (se assim quisermos).

Mas calma… Se isso é verdade para nós, também o é para quem nos acompanha! Cada pessoa faz o melhor que pode e que sabe em cada etapa do caminho. Então porquê aborrecermo-nos perante atitudes com as quais não nos identificamos? Será esse o caminho a seguir para a construção de um mundo mais justo e equilibrado? Não fará mais sentido mostrar a essa pessoa que é possível ter uma postura diferente através das nossas próprias ações? Note-se que esta abordagem é perfeitamente compatível com o respeito que devemos ter pela condição humana. É claro que há determinadas normas sociais que devem ser permanentemente respeitadas e que, por isso, há limites que não podem ser ultrapassados. Mas, uma vez respeitadas essas fronteiras essenciais à convivência humana, abre-se todo um mar de oportunidades onde, não só podemos aprofundar a nossa dimensão psicológica e emocional, como mostrar aos outros que é sempre possível reagir com amor e compaixão.

Se preferir, com bondade.

(…)

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